Vamos cuidar do nosso Planeta juntos?

sábado, 8 de maio de 2010

Seu animalzinho de estimação também pode adotar uma postura sustentável, confira:

Desde 1979, a Indústria de alimento para cães e gatos - Petguard - está no mercado norte-americano oferecendo sua linha de produtos orgânicos, saciando a fome dos bichinhos de estimação, sem prejudicar o Meio Ambiente. É incrível! Uma empresa produzindo produtos sustentáveis para animais. Tem mais! Ela se preocupa com a saúde de seus "consumidores", possui um e-book disponível  para download em seu site, ajudando seu dono a cuidar em excelência do seu amiguinho. Mais informações: http://www.petguard.com/

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Sobre o biodiesel extraído da cana-de açúcar

O biodiesel me preocupa... Será que para atender a demanda de combustíveis e energia do país teremos que desmatar ainda mais nossas áreas verdes? Difícil resolver esse nosso problema ambiental. Não podíamos ter deixado a situação agravar tanto desta forma. Muitas pesquisas se desenvolvem ao decorrer deste período, entretanto, parece que todas as ideias apresentadas solucionam um problema e agrava outro. Continuo a pensar que a primeira ação deveria ser a extinção da agropecuária no Brasil. A cultura de gado só enriquece a classe burguesa e é responsável por 25% da degradação do meio ambiente no MUNDO. Alimenta apenas 10% da população mundial. Os gastos são exorbitantemente maiores do que os recursos necessários para acabar com a fome no mundo. Sem contar com o desrespeito aos animais. É assustador as atividades realizadas nos abatedouros. Temos tantos alimentos saudáveis e riquíssimos em vitaminas, proteínas e sais minerais na nossa Natureza. E o melhor de tudo, são alimentos  de fontes renováveis. Sou a favor da agricultura. Tudo o que retiramos da terra, facilmente poderemos repor. Todavia, não concordo com a trânsgenicidade nos alimentos. O que comemos é sagrado! Adoro tecnologia, mas nós humanos temos que saber os limites dela, para não rumar à auto-destruição da humanidade.

Biodiesel: a necessidade de um novo marco regulatório, artigo de Juan Diego Ferrés.

"Agência americana reconheceu que produto evita 57% das emissões de carbono"

         O ano começou remarcando o sucesso do Programa Nacional de Produção de Biodiesel. A decisão em antecipar para este ano a mistura obrigatória de 5% de Biodiesel ao diesel - o B5 - comprova os benefícios desse biocombustível para a sociedade e a consolidação do seu setor produtivo, seja pela capacidade de produção, dos investimentos tecnológicos, da segurança e dos demais potenciais dessa indústria.

         É possível avançar ainda mais. São produzidos hoje para o B5 2,4 bilhões de litros, mas a capacidade total é de 4,6 bilhões, suficiente para atender até um futuro B10, sem prejuízo às outras iniciativas, como o B20 Metropolitano. Dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) mostram que temos 64 usinas em operação e várias em processo de ampliação e instalação. É grande a distância entre capacidade de produção e volume passível de comercialização, levando a índices insustentáveis de ociosidade. É preciso consolidar o mercado consumidor e conferir vazão a esse potencial que já faz do Brasil o segundo maior produtor de Biodiesel do mundo.

         O governo acertou no início desse processo. No entanto, após o B5 não há qualquer marco regulatório previsto para o aumento do percentual. Para mudar isso é preciso alterar a lei 11.097/05.

         Uma das alternativas seria o incremento trimestral de 1%, mantendo o gradualismo que garante a segurança na distribuição. Além disso, o B20 Metropolitano, que melhora a qualidade do ar nas grandes cidades, paralelamente com medidas que viabilizem as exportações, com quebra de barreiras tarifárias ou adoção de políticas compensatórias, poderá agregar escala e produtividade, reduzindo o custo futuro de produção do Biodiesel.

         A evolução para percentuais mais elevados da mistura torna-se urgente e indispensável para potencializar os efeitos benéficos do Biodiesel. Além de deixar o ar livre de gases nocivos à saúde, no que se refere às mudanças climáticas é mais um passo para a sustentabilidade da nossa matriz energética.

         O biodiesel brasileiro recebeu da Agência Americana de Meio Ambiente (EPA) o reconhecimento de evitar 57% das emissões de carbono. Um trunfo para o Brasil, que coloca o Biodiesel no pódium global dos biocombustíveis renováveis da atualidade.

         No aspecto social, fortalece a agricultura familiar, aproveitando as aptidões regionais, apoiando culturas alternativas. O objetivo é estimular a produção de novas oleaginosas em áreas até então pouco atrativas à agricultura, como é o caso do semiárido.

         Para isso o Governo criou o Selo Combustível Social, que promove a inserção da agricultura familiar e sua participação indireta nos grandes leilões. Hoje, mais de 30 usinas compram matéria prima do pequeno produtor e disponibilizam a ele assistência técnica, sementes, entre outros.

         Segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário, a cada 1% de biodiesel são criados 45 mil empregos provenientes da agricultura familiar, gerando renda de cerca de R$ 5 mil por agricultor.

         Um novo marco regulatório beneficiará também o mercado da soja no país. Se apenas o incremento de 10,5 milhões de toneladas previsto para a safra 2009/2010 fosse esmagado, já teríamos disponibilidade de óleo para dobrar de B5 para B10.

         Hoje, quase metade da soja é exportada in natura e junto com ela vão as oportunidades de geração de divisas e empregos. Com o B10, parte dessa exportação ficará no Brasil para ser usada pela indústria, gerando postos de trabalho e riquezas.

         Além disso, afasta-se a possibilidade da "crise da abundância" - quando não há mercado suficiente para o aumento da produção e a queda dos preços cria um impasse na remuneração dos produtos agrícolas. O B10 traria tranquilidade aos agricultores e o setor esmagador resolveria sua alta ociosidade.

         Cai por terra também a teoria de competição entre alimentos e biocombustíveis. Vale dizer que para cada litro produzido resulta em quatro vezes mais proteína utilizada como ração animal e que volta para o homem em forma de carnes e lácteos, além de parcela crescente de proteína processada diretamente pela indústria de alimentação.

         Não deveriam surpreender eventuais críticas tão naturais ao ambiente democrático, mas sim, o constrangimento com que alguns técnicos do governo tentam respondê-las. Dois pontos desse desconforto são tão visíveis quanto injustificáveis. O primeiro aponta a preponderância da soja dentre as matérias-primas, em contraposição à diversificação gradual e progressiva.

         Com isso, o governo deixa de festejar e, pior, o país deixa de aproveitar da melhor forma uma das grandes riquezas da Nação. A soja, que mereceu investimentos nos últimos 40 anos, tem no biodiesel a oportunidade de concretizar, nos próximos anos, sua segunda revolução.

         Constatados os efeitos incomensuráveis da sua primeira revolução e observando as dificuldades óbvias enfrentadas pelo governo no desejo de ver acelerado o desenvolvimento das novas cadeias de produção, deveríamos vencer os preconceitos e reformular conclusões para captar esses benefícios potenciais, transformando-os em realidade.

         O segundo é o custo do biodiesel como empecilho ao B10. Os grandes fóruns - que analisam com profundidade essas questões - são unânimes ao defender a progressão, considerando as questões econômicas na maior amplitude e abrangência possível, ponderando todos os efeitos diretos e indiretos.

         Diante disso restaria indagar: se fosse o contrário, por quais motivos então estaríamos festejando o sucesso do B5?

         Quais desses motivos listariam e que não valeriam para também justificar a superação da barreira do B5 e começar a progredir logo para o B10? Por essas e outras razões o biodiesel se mostra cada vez mais como o combustível da oportunidade que o Brasil não pode perder!

Juan Diego Ferrés é presidente do Conselho Superior da União Brasileira do Biodiesel (Ubrabio).

Fonte: Valor Econômico (05/05/2010)